Estamos vivendo em um universo particular. O caminho aponta para um futuro cada vez mais robotizado, paralisado, anestesiado, onde cada um só presta atenção ao próprio mundo que orbita. Não há, assim, um cuidado na reflexão de que tempo e espaço ocupamos agora. Apesar de todo o agito de nossos dias, por outro lado há uma paralisia que toma conta das nossas relações, um distanciamento, um estranhamento, uma estagnação frente a um contexto. Ao pensar em apenas um universo particular, perde-se uma referência maior, perde-se a ideia de que somos apenas um ponto numa galáxia.

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As imagens da exposição Lyrae – que no próprio nome carrega a denominação de uma estrela – remetem a uma reflexão de futuro, um estranhamento perante o que o ser humano se torna. É necessário uma retomada de pensamento para o universo como um todo, um sistema de relações, e não apenas o mundo particular que cada um habita.

 

curadora Liliane Giordano