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Carta aberta: considerações finais sobre a 10ª Semana da Fotografia de Caxias do Sul


Por Sala de Fotografia

Neste ano de 2017, a Semana da Fotografia de Caxias do Sul celebrou a sua décima edição. São muitas histórias nestes 10 anos. Muitos nomes importantes da fotografia nacional visitaram a cidade por causa do evento. Também é por causa dele que lembramos de nossos fotógrafos mais importantes, abrimos os arquivos e expomos os seus registros históricos. É por causa da Semana que tivemos uma câmara obscura na qual as pessoas podiam entrar e observar o processo ótico, feita de uma caixa de madeira. Tivemos saídas fotográficas noturnas, oficinas de ligth paint, pinlux, fotografia criativa. Sim, é por causa da Semana que tivemos isso e aquilo. Apesar de ser sempre uma incógnita a sua realização, ela nunca deixou de ser realizada. E assim ela chegou nesta edição fortalecida, com expressivo destaque na mídia local e com ampla participação do público nas atividades.

Mas essas são as histórias da Semana da Fotografia, do evento em si. O que queremos destacar é a história humana por trás da Semana. Pois falar apenas do evento faz parecer que ele se constrói sozinho, que brota da terra ou se materializa no ar. Não. A Semana se faz de um esforço de pessoas, se faz do individual ou do coletivo. As histórias que constroem os alicerces sólidos da Semana da Fotografia são, ainda, as intangíveis, as que acontecem nos bastidores e que não estão sob os holofotes.

O evento é uma realização da Prefeitura de Caxias do Sul, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, com o apoio de instituições. Mas também não é das instituições, organizações, ou prefeitura que queremos falar. Queremos citar os indivíduos, as pessoas, a alma humana que é a força motora deste evento. Ao longo desta década, muitas pessoas se envolveram com a Semana da Fotografia, é verdade. Algumas de passagem, algumas por umas edições. Mas não podemos esquecer de destacar alguns nomes que sustentaram o evento ao longo de todos esses anos e atuaram diretamente na sua organização, que estiveram na linha de frente, lutando para a sua realização, mesmo quando não havia verba alguma. São estes os nomes que a fotografia caxiense precisa lembrar, pois tiveram uma contribuição importante para a Semana da Fotografia e, consequentemente, para a arte de captar imagens na cidade: Adriano Soldatelli, Antonio Feldmann, Carine Turelly, Carlos Gandara, Conrado Heoli, Elenira Prux, João Tonus, Liliana Henrich, Liliane Giordano, Marcia Dall`Ago, Marizete Raimann, Marta Slomp, René Rossi, Rubia Frizzo e Susana Storchi. E, mais recentemente, Adriana Antunes, Ludmila Zan, Marcelle Monteiro e Mona Carvalho.

A dedicação destes nomes que citamos é intangível. Quem acompanha o evento nos bastidores sabe que há uma doação pessoal, um interesse que vai além de carreira, de dever, de fama, de dinheiro na realização da Semana da Fotografia de Caxias do Sul. Quem a realiza a realiza mais do que por amor a arte fotográfica. O faz por um espírito comunitário, de entregar algo a sociedade, de perpetuar a educação no município. De não apenas sentar e esperar que as coisas sejam feitas a partir de comentários nossos, mas que de fato arregaçam as mangas e fazem algo pelo coletivo, por algo que seja maior do que si mesmos.

Um marco importante da história da Semana da Fotografia ocorreu nesta décima edição. Na busca pela sua constante realização, neste ano buscou-se o apoio da Câmara de Vereadores, por meio do vereador Alberto Meneguzzi. Agora, a Semana da Fotografia é um projeto de lei que, se aprovado, vai fazer com que o evento faça parte do calendário oficial de Caxias, o que garante a sua realização.

De qualquer forma, o que importa é celebrar a arte da fotografia que, mais do que uma paixão para todos nós, é uma área fundamental da comunicação e do conhecimento humanos, merecendo, portanto, todos os esforços de educação da comunidade neste sentido. E, ao fim, o que nos resta é agradecer a cada um que se doou um pouco para a realização deste evento.

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